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Perguntas e Respostas: Câncer de Próstata
1. Quais são os fatores de risco para a doença?O principal fator de risco para se desenvolver um câncer de próstata é a idade. Cerca de dois terços dos casos são observados em homens com mais de 65 anos.
Outro fator de risco importante é o histórico familiar. Ter um parente de primeiro grau com diagnóstico de câncer de próstata aumenta em cerca de 2,5 vezes a chance de um homem desenvolver a doença.
Outro fator de risco que vem sendo bastante estudado são as alterações genéticas. Mutações gênicas específicas aumentam o risco de se ter câncer na próstata. Em geral, nestes homens, o aparecimento do câncer é em idade mais precoce.
E tem mais: um outro fator de risco bastante estudado é o papel da dieta. Uma dieta rica em carne vermelha e pobre em vegetais parece aumentar a chance de desenvolver câncer na próstata.
2. Quais são os sinais e sintomas?
Na fase inicial, o câncer de próstata não dá sintomas. Numa fase intermediária, em que a doença já ocupa uma parte importante da próstata, os sintomas são semelhantes ao crescimento benigno da glândula prostática.
São eles: diminuição da força do jato urinário, maior frequência de ida ao banheiro, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, sangramento na urina ou urgência para urinar.
Na fase avançada, os sintomas são decorrentes da disseminação sistêmica e locorregional da doença: dor lombar, insuficiência renal e retenção de urina.
3. Sobre a detecção: como ela é feita e qual a importância de um diagnóstico precoce?
O diagnóstico precoce é feito a partir do dosagem sanguínea de PSA (prostate specific antigen) , uma proteína produzida pela próstata, e do toque retal. Isto permite diagnosticar a quase totalidade dos tumores de próstata em fase inicial. O diagnóstico precoce é essencial para a cura do câncer de próstata.
4. Como é feito o tratamento do câncer de próstata?
O tratamento vai depender fundamentalmente da fase em que se encontra a doença. Na fase inicial, a cirurgia é a principal forma de tratamento.
Alguns tumores classificados como de baixo risco podem ser apenas acompanhados, situação que chamamos observação vigilante.
Na fase intermediária, em que a doença já ultrapassou os limites da próstata, habitualmente indicamos a radioterapia associada a hormonioterapia.
Na fase avançada da doença, o bloqueio da testosterona é a principal forma de tratamento, além do tratamento das complicações urinárias e ósseas. A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após a discussão dos riscos e benefícios de cada um.
5. Ainda há muita resistência do público masculino em admitir a necessidade da prevenção e buscar atendimento especializado? O que pode ser feito para amenizar isso?
Infelizmente sim, o homem é bem mais resistente ao cuidado com a sua saúde. Por outro lado, progressivamente e graças às campanhas de informação como o novembro azul, os homens, muitas vezes impulsionados pela parceria, estão mais conscientes da necessidade de cuidar da sua saúde.